“Como avestruzes,
parecemos querer fingir que os problemas não nos atingem ou não existem,
esperando que alguém ou alguma coisa (sagrada ou profana) intervenha evitando
que as terríveis catástrofes anunciadas não se concretizem.
Preferimos acreditar
que ela não existe (a grave crise econômica, social, ambiental, etc., que por
que passa a nossa civilização). Talvez para não termos que responder o
que vamos fazer para evitá-la ou ao menos minorá-la, preferindo os temas de
somenos importância ou as fofocas político/policias/sociais de nosso dia-a-dia.
Sei da necessidade
que todos temos de tocar nossas vidas e sermos felizes, apesar das mazelas da
vida. Mas também acredito na ação coletiva do homem e na sua capacidade de
intervir em seus destinos, construindo a cada dia um mundo melhor. Por isso,
apesar da aparente apatia de uma maioria (?) alegro-me de saber que em várias
partes do mundo há pessoas se mobilizando e lutando para reverter essa
ameaçadora perspectiva, apenas gostaria que fosse mais e mais gente se
mobilizando e se organizando para que finalmente possamos fazer desde as
pequenas mudanças de comportamento individual até as grande modificações.
Posso estar sendo
piegas com toda essa lenga-lenga, mas gostaria de ver na cidade que eu moro
poderosos e organizados movimentos de contestação e de construção da eterna
utopia humana, tão bem traduzida pelos franceses na consigna “Igualdade,
Fraternidade e Liberdade”.
ANTÔNIO
FERNANDO DE SOUZA
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