Galera

Galera
A maior parte dos seres humanos, por preguiça e comodidade, segue o exemplo da maioria. Pertencer à minoria é tornar-se vulnerável, expor-se à critica. Tomar consciência da normose e de suas causa constitui a verdadeira terapia contemporânea. Trata-se, também, do encontro com a liberdade. Seguir cegamente as normas é tornar-se escravo. Roberto Crema

Esse é nosso lema!!

Esse é nosso lema!!
ESSE É NOSSO LEMA!!!! "A amizade é uma alma que habita vários corpos. Um coração que habita várias almas" Aristóteles

BOAS VINDAS!

Querer mudar o mundo é um desejo saudável e totalmente necessário. " Para ser feliz, o ser humano precisa somente de duas coisas: cultivar sementes de paz em seu coração e ter bons amigos. " - Buddha

Espaço da Galera!!!!!!!!!!!!!!!!!!

As coisas mais simples são os melhores presentes.

Leveza pra conduzir a vida; Beleza, que vai muito além da estética;

Determinação, porque sem ela nada acontece, nada;

Harmonia, paz e alegria sempre.

Silvana Mara dias Souza

terça-feira, 29 de setembro de 2015

QUEM É O SEU EU DE FATO?

PUBLICADO EM RECORTES POR 
Quanto menor for a distância entre este eu que age e este eu que pensa e sente é sinal de que estamos abrindo mão de nossas máscaras. Sabemos que uma revelação total é uma ideia altamente desejável mas ao mesmo tempo utópica , pois alguns conteúdos não vem à tona nem para nós mesmos.
    menina-se-olhando-no-espelho-e-nao-gostando-baixa-autoestima-acne-espinha-1394031646580_956x500.jpg
Quem é o seu eu de fato? O que define a nossa personalidade realmente? Assistindo a uma saborosa palestra da filósofa Márcia Tiburi, me deparei com uma comparação entre Apolo e Dionísio. O primeiro se relaciona com a luz, a ordem e a criação. O segundo é o deus do vinho, da alegria, da desordem , da destruição e do encontro com o outro que existe em nós.
Como afirmou Márcia Tiburi, filosoficamente falando somos esquizofrênicos porque temos um outro dentro de nós que muitas vezes desconhecemos.
É por meio do caos , da desordem, da ruptura que nos deparamos com este outro. Enfim, ninguém se conhece e se depara com este outro sem uma boa dose de sofrimento e feridas bem abertas.
Um ex professor de teatro , certa vez, nos disse que o palco não era espaço de Deus. Era espaço de Dionísio. No teatro por meio do encontro com o personagem podemos encontrar a nós mesmos.
Se Apolo é importante para construirmos e mantermos a ordem, Dionísio é vital para jogar fora o que não faz mais sentido e desta forma abrir espaço para o que deve ser investido.
Em uma visão mais materialista , somos o que vivemos, o que fazemos, como organizamos a nossa rotina. Nossos atos nos definem. Em uma visão mais idealista , no sentido filosófico da palavra, somos o que pensamos e sentimos, como nos enxergamos por debaixo das máscaras. O que nos define é o que se passa por nossa mente , mesmo que não tenhamos coragem suficiente para nos revelar ao mundo e agir de acordo com a nossa vontade.
Quanto menor for a distância entre este eu que age e este eu que pensa e sente é sinal de que estamos abrindo mão de nossas máscaras. Sabemos que uma revelação total é uma ideia altamente desejável mas ao mesmo tempo utópica , pois alguns conteúdos não vem à tona nem para nós mesmos.
Porém, algumas pessoas conseguem tirar mais camadas da cebola e chegar mais perto do seu cerne. Quanto menos máscaras, mais realizados nos sentimos. Viver de acordo com um modelo que não corresponde ao nosso é o mesmo que calçar um sapato pequeno ou grande demais. Nos sentimos desconfortáveis e o andar não é orgânico.
Normalmente , nos definimos por nossos atos. Numa visão deleuziana, a realidade é questionada e poderíamos considerar a vida interior de um sujeito a sua mais pura realidade e o que ele vive de fato, no seu dia a dia , poderia ser considerada apenas um simulacro, uma encenação patética de uma subvida. Quanto maior for a distância entre o eu que age e o eu que pensa e sente, mais esquizofrênicos seremos no sentido social da palavra. Pessoas que sorriem para o chefe déspota enquanto sentem vontade de esganá-lo. Homens e mulheres que transam com o parceiro/parceira, imaginando outra pessoa. Pessoas que exercem a vida inteira uma profissão que odeiam. Pessoas que se obrigam a conviver com gente que as menosprezam e fingem estar bem. Pessoas que desistem de lutar por seus desejos pelo medo de chocarem, de contrariarem, de causarem algum tipo de polêmica.
Embora não haja a possibilidade de sermos outra pessoa e apenas nós mesmos, criamos personagens para nos proteger das dores, para suportar o que nos foi imposto. E muitas vezes, fica complicado dizer o que é objeto e o que é signo ou representação. Esta é uma resposta que cabe a cada um de nós buscar.


© obvious: http://obviousmag.org/cinema_pensante/2015/09/quem-e-o-seu-eu-de-fato.html#ixzz3n9pEC9Uy 
Follow us: @obvious on Twitter | obviousmagazine on Facebook

domingo, 27 de setembro de 2015

Você não é obrigado a nada.

"Você não é obrigado a nada. Você não precisa casar, nem ter filhos, se nunca desejou. Nem fazer compras em Miami. Não precisa ter aquela bolsa marrom, não precisa ter carro, nem amar bicicletas, não precisa meditar.
Só precisa ter cachorro se quiser. Entender de vinho: não precisa. Barco, casa no campo, Rolex, ereção toda vez, cozinha gourmet, perfil no Instagram... Não precisa. Você não é obrigado a gostar de carnaval, nem de samba, nem de forró, nem de jazz.
Você não é obrigado a ser extrovertido. Não precisa gostar de praia. Nem de sexo você é obrigado a gostar. Balada, barzinho, cinema. Missa no domingo. Reunião de família. Não, você não é um ET se não estiver afim.
Acordar cedo, fazer exercício, conhecer os clássicos, assistir os filmes do Oscar, a banda de garagem que ninguém conhece. Você também não precisa conhecer. Paris, Nova York, Londres...
Gosta muito de viajar? Não? Então não vá! Tá sem namorado? Alguém vai dizer que você não é feliz por isso. E é mentira. Seu cabelo não precisa ser alisado. Nem você vai ser muito mais feliz se for magro ou magra. Também não precisa gostar de comer.
Peça curinga no guarda roupa, perfume francês, dentadura perfeita, curriculum vitae, escapulário. Sucesso. Não, você não precisa dele. Se for para ser obrigado, nem feliz você precisa ser." (autoria desconhecida ou de Nelson Barros - a confirmar)
Via: Mon Liu