Galera

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A maior parte dos seres humanos, por preguiça e comodidade, segue o exemplo da maioria. Pertencer à minoria é tornar-se vulnerável, expor-se à critica. Tomar consciência da normose e de suas causa constitui a verdadeira terapia contemporânea. Trata-se, também, do encontro com a liberdade. Seguir cegamente as normas é tornar-se escravo. Roberto Crema

Esse é nosso lema!!

Esse é nosso lema!!
ESSE É NOSSO LEMA!!!! "A amizade é uma alma que habita vários corpos. Um coração que habita várias almas" Aristóteles

BOAS VINDAS!

Querer mudar o mundo é um desejo saudável e totalmente necessário. " Para ser feliz, o ser humano precisa somente de duas coisas: cultivar sementes de paz em seu coração e ter bons amigos. " - Buddha

Espaço da Galera!!!!!!!!!!!!!!!!!!

As coisas mais simples são os melhores presentes.

Leveza pra conduzir a vida; Beleza, que vai muito além da estética;

Determinação, porque sem ela nada acontece, nada;

Harmonia, paz e alegria sempre.

Silvana Mara dias Souza

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Qual o verdadeiro valor do dinheiro?


Compreenda o verdadeiro valor do dinheiro e valorize as atitudes que podem mudar o mundo


O dinheiro em si não é lá muita coisa: um pedaço de papel. O que conta é o valor que atribuímos a ele. Muito antigamente, quando precisávamos de algum produto ou serviço, saíamos com nosso gado ou nosso trigo para trocar. Dava o maior trabalho. Com o dinheiro, os negócios ficaram mais simples: um tanto de ouro e prata valia pela mercadoria. Mas isso foi muito antigamente, uns dois mil anos antes de Cristo, porque a economia hoje é bem mais sofisticada, o que, no caso, nada tem a ver com elegante: dos seis bilhões de habitantes do planeta, dois bilhões estão excluídos do cres-cimento econômico.
Para muita gente, isso independe de nossas atitudes, mas os fatos apontam no sentido oposto. Vale a pena prestar atenção nas palavras da norte-americana Hazel Henderson, uma das futuristas mais prestigiadas em todo o mundo. Nos livros "Construindo um Mundo Onde Todos Ganhem" e "Além da Globalização" (Cultrix-Amana-Key), ela mostra que a saída para a sinuca planetária está na aplicação de alguns conceitos-chave como cooperação e visão sistêmica (a velha e boa idéia de que neste mundo está tudo conectado).

Como Henderson, economistas ligados ao futuro alertam para a forma perigosa como o dinheiro se descolou da realidade. Comparam a economia global a um cassino onde as apostas diárias envolvem capital virtual, estimado em 80 a 100 trilhões de dólares, para um produto mundial de apenas 25 ou 30 trilhões de dólares. Além de arriscadas, as operações absorvem recursos que poderiam ser investidos em desenvolvimento social.

Cerca de 95% do dinheiro que circula hoje pelos bancos de comércio internacional não são destinados à compra de produtos tangíveis e sim à compra e venda do próprio dinheiro, travestido em mercadoria cara e rara, como aponta Peter Russel, físico, psicólogo e cientista da computação, no livro O Novo Negócio dos Negócios (Cultrix-Amana-Key). Por mais que estejamos distantes das altas folias financeiras, quem alimenta essa máquina em alguma instância somos todos nós, dependentes do dólar e dos arranjos que o favorecem continuamente no mercado mundial.

O que nos diz respeito diretamente é a convivência sustentável com o planeta. O mundo é bom, mas finito. Tudo o que ganhamos e gastamos implica em incontáveis custos ambientais - aqui mais, ali menos. Cabe a cada um a responsabilidade pela captação e pelo destino final do dinheiro.

Resgate da riqueza real

Força fluida que é, o dinheiro agora começa a seguir uma nova tendência, que o faz calar, obedecer e ajudar na transformação de vidas e valores, resgatando uma riqueza real - que não é a do dólar ou a do ouro. Somos levados a acreditar que nossa participação individual no mundo é irrelevante, mas, na prática, nossas ações influem em dimensão planetária.

"O bater de asas de uma borboleta na China pode causar um tornado no Kansas amanhã", na metáfora atribuída ao meteorologista Edward Lorenz, do Massachusetts Institute of Technology (MIT). Vivemos em rede, ligados uns aos outros seres e a toda a natureza, já sabemos disso, e tudo o que temos a fazer é agir de acordo.

Já age assim o consumidor ético, identificado em pesquisas mundiais. Entre os valores dessa tribo emergente, a dos chamados "criativos culturais", estão a crença em uma conexão entre todos os aspectos da realidade, o cultivo da espiritualidade e da conciliação (no lugar da competição), entre culturas, homens e mulheres, homem e natureza e ramos de negócios.

Ao mesmo tempo, a expressão "alma do negócio" ganha significado mais próprio: empresas aderem à espiritua-lidade não mais como modinha "nova era" - até porque de nova não tem nada essa sabedoria que transforma, aos poucos, os jeitos de liderar, os processos de trabalho e os resultados. Pesquisas da empresa de consultoria McKinsey & Co. mostram que quando a dimensão espiritual chega às companhias, a produtividade aumenta, enquanto as demissões e licenças médicas decrescem.

"Se vives de acordo com as leis da natureza, nunca serás pobre." A sábia frase de Sêneca (c. 4 a.C. - 65), filósofo central do estoicismo romano, não podia ser mais afinada com os estudos dos futuristas contemporâneos.

Dê valor real ao dinheiro

Numa exposição recente, a cenógrafa e diretora de teatro Bia Lessa colocou lado a lado uma bala de revólver e duas apostas da megasena: o mesmo valor monetário é atribuído a um sonho de fortuna e à possibilidade da morte. Cada um decide o que fazer com o que tem no bolso: é isso que, no fim das contas, cria o valor que conta.

Da mesma forma, podemos zelar pela ética no nosso trabalho e na organização a que pertencemos. É difícil, porque a sociedade ainda é dependente dos recursos naturais, o que, por sua vez, produz débitos sociais, numa roda louca de causa e efeito. Mas é possível, e recomendável, identificar em que nível a empresa ou o negócio com o qual estamos envolvidos lida com o planeta e a família humana.

Não faz mais sentido acomodar-se na crença de que organizações ou autoridades cuidam disso para a gente: consciência humana é o ingrediente principal da macrotransição que o planeta pede, na análise do filósofo húngaro Ervin Laszlo, presidente do Clube de Budapeste (sociedade humanista internacional que entre seus integrantes conta com o Dalai Lama e o músico-ativista Peter Gabriel).

A tarefa de reestruturação global exige abordagens que transcendam valores monetários. Segundo Hazel Henderson, o PIB e outros indicadores que deixam de fora recursos naturais e humanos estão obsoletos, tanto para medir progresso quanto para orientar as economias do mundo. No cotidiano mais imediato não pode ser diferente: se nossa economia doméstica não é justa com a natureza e as outras pessoas, nosso dinheiro é de pouco valor, por maior que seja o saldo bancário.

Compre o que não corrompe

Num país como o Brasil, que ainda não atingiu níveis básicos de satisfação material, soa utópico pregar redução de consumo. Mas é urgente, se não consumir menos, consumir de maneira diferente, inteligente, buscando produtos e serviços que não agridam o ambiente, colaborem para a distribuição de renda, não usem mão-de-obra infantil e se alinhem ao conceito geral de sustentabilidade. Não basta ver o preço: por trás de cada mercadoria há outras informações importantes, à disposição de consumidores alertas.

Use os usados e troque o que dá para ser trocado

O homem ocidental médio consome hoje 100 vezes mais recursos que seu antepassado no começo da Revolução Industrial. No período, a população aumentou dez vezes. O resultado do cruzamento desses dois crescimentos é um aumento mil vezes maior do consumo.

Chique, hoje, é economizar matéria-prima para o mundo e contrariar a obsolescência planejada garimpando utilidades nos mercados de usados. Na última festa de entrega do Oscar, celebridades exibiram autênticos modelos vintage - ou roupa de segunda mão, em linguagem menos afetada. Faça como Hollywood: troque o shopping pelo brechó. E condicione-se desde já ao recondicionado, porque "a única economia realmente sustentável é aquela com crescimento material zero", como diz o economista Richard Douthwaite, no livro The Growth Illusion.

Enquanto isso, a incerta economia argentina fomentou a propagação das feiras de escambo de produtos, serviços e saberes, que, à margem dos problemas da moeda, vêm melhorando a vida das hordas de confiscados, desempregados e excluídos em geral. O primeiro clube surgiu em 1995 em Bernal, província de Buenos Aires, com 20 pessoas trocando comida, roupa, artesanato, tratamentos e consertos domésticos. Hoje, há 15 mil clubes desse tipo no país, envolvendo diretamente seis milhões de pessoas e beneficiando 40% da população.

Já ouviu falar em "tupi", "zumbi", "chê" ou "pinhão"? São moedas sociais e circulam em feiras de trocas de várias regiões brasileiras. O Brasil tem 25 clubes de escambo solidário. "Sem assistencialismo, as pessoas resgatam sua dignidade", explica o contador Carlos de Castro, organizador dos clubes paulistas.

Dicas para montar um clube de trocas, passadas pelo agrônomo Fábio Luiz Burigo que organiza as feiras em Florianópolis: limitar o número de participantes (60 a 80 pessoas), para fortalecer a convivência; extrapolar a simples troca de bens e serviços, criando atividades que ampliem a qualidade de vida dos integrantes; valorizar novas idéias; evitar controle, cultivar um clima em que a incerteza faça parte do processo."Isso é vital no gerenciamento de mudanças evolutivas", diz ele.

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Os cabalistas ensinam que o melhor jeito de ganhar dinheiro é deixar parte dele ir. Segundo essa tradição, o ato de doar cria um circuito dinâmico, sem o qual a energia monetária fica bloqueada. Como em qualquer circuito sobrecarregado, o resultado da acumulação é colapso e caos. Isso porque dinheiro, na Cabala, é manifestação material de energia divina. É uma bênção, ou uma espécie de empréstimo.
"Estamos todos no mesmo barco. Cada vez mais empresas se preocupam em canalizar o dinheiro como energia positiva, para ajudar terceiros", diz o professor Shmuel Lemle, do Centro de Cabala do Rio de Janeiro. Lemle lembra que abrir mão de parte do que chega às nossas mãos é trabalhar em benefício de todos e em benefício próprio.

Faça sua parte com fé

Exemplo máximo de atitude pessoal com a economia global, o pacifista Mahatma Ghandi escreveu que ninguém precisa entrar para a história para fazer o mundo melhor: "Seja você a mudança que quer ver no mundo". Hoje, uma ação individual mais comprometida com o conhecimento e a abundância conta com vento a favor, porque há uma conspiração universal fazendo o dinheiro mudar de mãos. A conspiração visível é o milagre da multiplicação das ONGs, de um lado, e a nova transdisciplinaridade, de outro. Só mesmo ciências cooperadas podem desfragmentar este mundo e fazer frente aos complexos problemas globais.

O que é mesmo que manda no mundo?

Alguns sinais de que o homem e o meio falam mais alto, enquanto o culto ao dinheiro arrefece Cooperação - A rede brasileira de socioeconomia solidária foi criada em 2000, com 80 entidades. Hoje, reúne 400 associadas envolvidas na construção de cadeias cooperativas, na divulgação e comercialização de produtos e na educação para um consumo mais ético (www.redesolidaria.com.br).

Simplicidade - Gastar menos é viver mais, crêem os militantes da Simplicidade Voluntária, um movimento que cresce nos Estados Unidos pregando vida frugal, combate ao consumo desprovido de significado e volta a valores essenciais - 28% da população americana já navega na contramão do consumo exagerado.

Criatividade - Está chegando ao mercado uma máquina que lava louça em três minutos e consome 2 litros de água, contra 18 litros dos modelos tradicionais. O gasto de energia é 80% menor, garante a empresa gaúcha Luxia, que investiu 500 mil dólares no projeto.

Solidariedade - O ex-beatle Paul McCartney cobrou 1 milhão de dólares para fazer um show exclusivo na festa de aniversário de Wendy Whitworth, produtora executiva do canal de TV CNN (presente-surpresa do marido). O cachê foi doado à Adopt-a-Minefield, uma instituição que ajuda vítimas de minas terrestres.

Escolha - Um refrigerador de ar a partir da evaporação da água foi desenvolvido em Campinas como alternativa ecológica ao ar-condicionado. O Ecobrisa é produzido pela empresa Vida e tem a chancela do Greenpeace. O consumo de energia é dez vezes menor que o de um aparelho tradicional.

Ética - O Fundo Ethical é o primeiro criado no país com base em critérios de responsabilidade ambiental, social e corporativa. Foi lançado no ano passado pelo Banco Real ABN AMRO Bank, valorizando práticas éticas. As empresas são selecionadas por um conselho multidisciplinar, formado por gente especializada em meio ambiente e gestão corporativa e financeira.

Valores - Pesquisa da Associação Brasileira dos Analistas do Mercado de Capitais de São Paulo mostrou que 84% dos analistas consideram as informações sociais em mais da metade de suas avaliações. A maioria (79%) diz que informações de natureza social, ambiental, cultural ou comunitária podem alterar o preço dos papéis de uma companhia.

Transparência - A adoção de boas práticas de governança corporativa se traduz em ganhos para as empresas: valorização de preço das ações, aumento do volume negociado e queda de volatilidade. É o que atesta estudo recente (março) feito pelo professor Antonio Gledson de Carvalho, da USP, a pedido da Bovespa.

Parcimônia - A Ong Água e Cidade desenvolveu metodologia para avaliar e quantificar o compromisso de empresas com o uso racional da água. O grupo já formou 1 046 "gestores da água" - funcionários preparados para coordenar ações dentro de seus locais de trabalho e medir resultados (www.aguaecidade.org.br).

Troca - A fábrica de papel Ripasa vem melhorando a vida de catadores de lixo - e vice-versa. Depois de dar treinamento aos 30 integrantes da cooperativa de reciclagem do município de Embu, SP, a empresa passou a comprar deles todo o material de papel e cartão arrecadado. O trabalho de separação e venda rende a cada catador cerca de dois salários por mês.

Consciência - A Companhia Suzano desenvolveu o primeiro papel offset reciclado em escala industrial, disponível para o segmento gráfico. O Reciclato vem quebrando preconceitos em toda a cadeia de produção. Ao produzir 400 toneladas/mês de papel, a empresa retira 100 toneladas de lixo das ruas por mês.

Limpeza - A ThyssenKrupp Elevadores já recicla 100% dos resíduos da sua fábrica. O programa de autogestão ambiental da múlti alemã incluiu a despoluição de um lago na área da empresa, em Guaíba, RS.

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