Saiba mais sobre a amorosidade, essa característica que garante amor e liberdade para tornar as relações mais agradáveis
A amorosidade é companheira a liberdade e do querer bem sem posses
Pessoas amorosas são amadas porque são amorosas e são amorosas porque não têm medo de ser amadas. Mas é importante esclarecer que ser digno de amor não é ser bonzinho para fazer amigos e influenciar pessoas. Isso é ser polido, amável. "A polidez é um simulacro da moral", afirma o filósofo André Comte-Sponville, que se deu ao trabalho de escrever o Pequeno Tratado das Grandes Virtudes.
Para melhor entendimento, podemos beber da fonte do mundo grego antigo, simples e coerente, e reduzir a essência do amor a três tons primários: Eros, Philia e Ágape.
O mais primitivo tipo de amor seria erótico. Egoísta, incompleto, é uma espécie de desejo pela falta. A palavra vem de Eros, deus do amor, fruto da união de Pênia, a penúria, com Poros, o faustoso. Filho pobre e sempre faminto, herda do pai a atração pelo belo e pelo bom; é sagaz, caçador, e está sempre a maquinar planos e a desejar mais e mais.
Mas a amorosidade só começa a se manifestar através do segundo modelo, o amor Philia, que é fraternal, companheiro. Menos estimulado pela posse, esse tipo de sentimento cristaliza- se pela amizade, e seu prazer deriva do simples ato de estar junto, de compartilhar momentos. É generoso, mas tem lá seu lado egoísta, que deriva do fato de que ao servir ao amigo se sente prazer, por isso serve.
Bem acima dessas coisas mundanas, encontramos o amor Ágape, que eleva o amor a um estado divino, imaculado. Na verdade, ele vai além do amor, é universal, sem predileção nem eleição, é inteiramente desinteressado. É a aceitação invariável do outro, seja ele quem for, amigo, inimigo ou indiferente.
Quem vive em estado de amor e tem amorosidade como filosofia experimenta o amor Ágape todos os dias. "Na essência, todos os seres humanos são idênticos. Na verdade, somos todos parte do Um", conclui Erich Fromm, para explicar a amorosidade. "Ser amado precede a graça de amar e prepara o estado de amor", pensa Comte para explicar a origem de tudo.
Platão, em O Banquete, põe à mesa duas soluções para explicar a amorosidade: como não podemos fugir de nossa incompletude, temos que direcionar nosso amor para outros corpos e gerar filhos. Ou então expressá-lo por meio da arte, política, poética, ciências, filosofias, sempre dando prioridade ao belo.
A amorosidade é libertária. Ela é uma condição humana elevada que aproxima as pessoas do conjunto de virtudes, pois nela estão incluídos o cuidado, o respeito, a confiança. Se Eros, Philia e Ágape são deuses que personificam o amor, a amorosidade é a qualidade que eleva os humanos à condição de deuses.
Para melhor entendimento, podemos beber da fonte do mundo grego antigo, simples e coerente, e reduzir a essência do amor a três tons primários: Eros, Philia e Ágape.
O mais primitivo tipo de amor seria erótico. Egoísta, incompleto, é uma espécie de desejo pela falta. A palavra vem de Eros, deus do amor, fruto da união de Pênia, a penúria, com Poros, o faustoso. Filho pobre e sempre faminto, herda do pai a atração pelo belo e pelo bom; é sagaz, caçador, e está sempre a maquinar planos e a desejar mais e mais.
Mas a amorosidade só começa a se manifestar através do segundo modelo, o amor Philia, que é fraternal, companheiro. Menos estimulado pela posse, esse tipo de sentimento cristaliza- se pela amizade, e seu prazer deriva do simples ato de estar junto, de compartilhar momentos. É generoso, mas tem lá seu lado egoísta, que deriva do fato de que ao servir ao amigo se sente prazer, por isso serve.
Bem acima dessas coisas mundanas, encontramos o amor Ágape, que eleva o amor a um estado divino, imaculado. Na verdade, ele vai além do amor, é universal, sem predileção nem eleição, é inteiramente desinteressado. É a aceitação invariável do outro, seja ele quem for, amigo, inimigo ou indiferente.
Quem vive em estado de amor e tem amorosidade como filosofia experimenta o amor Ágape todos os dias. "Na essência, todos os seres humanos são idênticos. Na verdade, somos todos parte do Um", conclui Erich Fromm, para explicar a amorosidade. "Ser amado precede a graça de amar e prepara o estado de amor", pensa Comte para explicar a origem de tudo.
Platão, em O Banquete, põe à mesa duas soluções para explicar a amorosidade: como não podemos fugir de nossa incompletude, temos que direcionar nosso amor para outros corpos e gerar filhos. Ou então expressá-lo por meio da arte, política, poética, ciências, filosofias, sempre dando prioridade ao belo.
A amorosidade é libertária. Ela é uma condição humana elevada que aproxima as pessoas do conjunto de virtudes, pois nela estão incluídos o cuidado, o respeito, a confiança. Se Eros, Philia e Ágape são deuses que personificam o amor, a amorosidade é a qualidade que eleva os humanos à condição de deuses.
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