Galera

Galera
A maior parte dos seres humanos, por preguiça e comodidade, segue o exemplo da maioria. Pertencer à minoria é tornar-se vulnerável, expor-se à critica. Tomar consciência da normose e de suas causa constitui a verdadeira terapia contemporânea. Trata-se, também, do encontro com a liberdade. Seguir cegamente as normas é tornar-se escravo. Roberto Crema

Esse é nosso lema!!

Esse é nosso lema!!
ESSE É NOSSO LEMA!!!! "A amizade é uma alma que habita vários corpos. Um coração que habita várias almas" Aristóteles

BOAS VINDAS!

Querer mudar o mundo é um desejo saudável e totalmente necessário. " Para ser feliz, o ser humano precisa somente de duas coisas: cultivar sementes de paz em seu coração e ter bons amigos. " - Buddha

Espaço da Galera!!!!!!!!!!!!!!!!!!

As coisas mais simples são os melhores presentes.

Leveza pra conduzir a vida; Beleza, que vai muito além da estética;

Determinação, porque sem ela nada acontece, nada;

Harmonia, paz e alegria sempre.

Silvana Mara dias Souza

sábado, 29 de junho de 2013

EXTINÇÃO DO AVESTRUZ por Andréa Pachá


Formada sob a hegemonia do pensamento neoliberal. Diariamente bombardeada pela massificação do consumo e tentando sobreviver em um mundo onde tudo conspira para aniquilar a ousadia, a criatividade, os sonhos coletivos, era previsível que qualquer manifestação contra o estado das coisas não fosse um ato organizado, articulado, racionalizado. Ao menos com os parâmetros que tínhamos até então.
No entanto, a surpreendente força nascida do inconformismo, alastrada pelas redes e transformada em energia viva e pulsante das ruas, deveria ser vista com mais respeito, curiosidade e encantamento pelos olhares que insistem em assistir a vida pelo retrovisor.
... E não estou falando em desconsiderar a história ou a experiência.
Era previsível desde o início que grupos organizados tentariam se apropriar da força das mudanças. Cada qual, do seu lugar e com seu batalhão de marketeiros, constrói ações e reações. Todos pautados pela lógica repudiada pelas ruas.
Impressionante a leitura dos artigos nos jornais. Os mesmo textos, repetindo as mesmas certezas e a inclusão de algumas linhas sobre os protestos. Uns atribuindo aos outros os golpes, as irresponsabilidades e chamando para o próprio umbigo as soluções. Não ouviram nada do que foi dito nesses dias. Se ouviram, não entenderam. Ou não quiseram entender.
Aprisionar os movimentos às pautas político-partidárias é fechar a panela de pressão com a água quase no fim.
Impor o medo nas ruas e dar visibilidade excessiva à ação de baderneiros para justificar os excessos policiais é estabelecer a lei do silencio quando ainda há muito o que gritar.
Não há um discurso único nos protestos. São inúmeras as insatisfações. Algumas com solução. Outras não. Não tem mágica.
Reencontros, possibilidades de compartilhar inquietações e angústias. A volta do pensamento coletivo e a tecitura uma rede fraterna de referências humanas e generosas. O encontro de espaços nessas ondas permanentes.
Buscar maneiras de convivência para os muitos direitos. Sufocar movimentos fascistas e totalitários. Compreender que o respeito às diferenças é um princípio fundamental para a liberdade. Nesse cenário, a convivência pode ser libertadora e digna. Exceto para o avestruz que não sobrevive, enquanto insistir em enterrar a cabeça.

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